"Tenha coragem de vencer os desafios e prosseguir a sua caminhada. Felicidade não cai do céu como chuva. Ela sempre será conquistada, e, afinal, você não é diferente dos outros. Todo o mundo só conquista a felicidade através de muita dedicação, trabalho e amor. Isolar-se por rebeldia não o levará a nada. Permita-se inovar; entregue-se à vidaa e vibre em sintonia com aqueles que o amam. Dê uma chance a si mesmo".
(CHICO CHAVIER)


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

UMA BREVE ANÁLISE DA NOVELA "PASSIONE"

Vamos falar somente da estrutura e dos personagens centrais da trama:
1 - Aviúva e dona da fábrica, Beth Gouvea: Ela casou-se grávida de outro homem e teve um filho que o marido CORNO escondeu, mentindo para ela toda a vida...
2 - Todos os seus filhos são cornos, até a filha esquisita - que parece que fugiu de filme futurista... todos, inclusive o italiano Totó (nome de cachorro no Brasil).
3 - Um dos filhos da personagem central tem um problema misterioso que só pode ser pedofilia, além de também ser corno, claro... O citado filho não trabalha e nem faz nada... só corre de carro, já tentou suicídio... (tremendo exemplo de homem...)
4 - O outro, já morto, e ex-presidente da fábrica, Saulo Gouvea, que chamaremos de malandro agulha, odiava a mãe, além da mulher (que ele não comia). Tem um filho viciado em drogas e outro corno que ama a menina que o irmão drogado comeu e que abortou um filho dele. Que relacionamentos lindos! Além disso o ex-malandro agulha, cujo nome é Saulo, tinha uma filha corneada pela mãe. Ou seja, ela é apaixonada pelo bonitinho amante da mãe, que é filho do Totó, que também é corno (isso para falar só da estrutura sexual da família).
É bom lembrar que o empregadinho da casa dele é um gay assumido. E que ele era desonesto e fazia qualquer coisa (vender a mãe, mulher, filho ou filha) pelo poder da fábrica quase falida por ele mesmo... O cara é um belo exemplo do homem de bem.
5 - O Totó, nem falar...(uma riqueza...) - Tem uma filha corna - olha só a estrutura da novela - que é casada com um bígamo, que é casado com a filha ninfomaníaca (Jéssica) do casal de velhos, também ninfomaníacos, cujo homem, (o ator Francisco Cuoco), é o pai do Totó. Que lixo de novela e de estrutura moral...
Vejam que mundo pequeno que o autor conseguiu vislumbrar entre São Paulo e Florença - ou seja: o genro do Totó é casado com a irma do Totó (filha do rico lixeiro pai do Totó), que, então, é a tia da filha da outra mulher do marido dela! Entenderam? Eu confesso que não entendi nada. Mas, está lá na novela...
Caramba! Melhor nem seguir com essa linha, pois a neta do Totó se torna sobrinha da outra mulher do seu genro etc, etc, etc...
- A bela mulher do Totó, Clara, é amante do filho viciado em droga da Dama do Lotação com o ex-Malandro Agulha, que é sobrinho do Totó (que bela árvore genealógica)
Repetindo: o sobrinho do Totó, drogado, é apaixonado pela mulher do Totó, ex-puta profissional, ladra, que foi criada pela avó cafetina das netas - que prostitui as netas para explorá-las - inclusive a neta menor de idade - mais um lance de pedofilia - (o autor desta novela pode ser normal?)
Ainda, a linda mulher do Totó é amante do principal bad guy da novela, Fred, o malandrinho, bandido, cafetão, receptador etc. que come também a filha futurista da velha Beth Gouvea (e que, é claro, é o pai do filho dela...).
A irmã velha do Totó, cujo nome é Gema, tem uma relação edipiana (derivada de Édipo) com o Totó, assumindo o papel de mãe dele. Só Freud explica ...
O outro filho do Totó está apaixonado por outra puta... Aliás o tal do Totó, como vêem, é uma riqueza de personagem. Sério! Bom homem de família...! Ele não fazia nada... ficava ali em São Paulo, onde não conhece quase ninguém, sem trabalhar. E, se entendo bem, ele vai se apaixonar pela boazinha da irmã Felícia, do gigolô Fred, (que comia a Clara, mulher dele), que é mãe da menina apaixonada pelo viciado em droga, que come a mulher do Totó. Entenderam? Eu não...
E que ainda por cima é uma menina que tem um pai misterioso que no final vai ser - querem apostar? - o bonitinho pedófilo corno e suicida corredor de carros, filho da viúva genial...
6- O pai ninfomaníaco do Totó, (Cuoco) - que adora um cabaré e uma gafieira onde é amigo dos gays -, é casado com uma futilíssima e frustrada dama da sociedade paulistana, nouvelle riche, que sabe que a filha é corna de bígamo, mas só pensa no seu umbigo vazio...
O avo do Totó, Tio do Cuoco, que me parece o mais normal da novela, carregando aquele aquário, corre atrás das empregadas e faz chantagem (pra não contar quem é o pai da filha da futura namorada do Totó), para comer a velha mãe do malandro bonitão e da mãe da menina do pai misterioso...
Essa zorra toda ocorre entre três famílias apenas: a da velha viúva, Beth Gouvea, a da Clara, notável prostituta, e a da velha mãe do malandro e da futura esposa do Totó...
E, claro, para não falar do filho do chofer, e filho adotivo da velha, que é o presidente da fábrica, que come a filha e a nora da velha, o honesto competente e bonzinho - que será o pai do filho do malandro com a filha da velha - outro corno. Baita confusão, não acham?
Este é o pano de fundo da tal novela: todas as mulheres são infiéis e todos os homens ou são babacas, desonestos, viados e cornos! Ah! desculpem: quis dizer "homosexuais"
Viva a "GROBO" !
Precisa continuar ??? Vamos lembrar que a velha Beth Gouvea insinuou voltar a paquerar o velho do lixo, pai doTotó? E o velho dos velhos, falso avô paterno do Totó (pois é pai do pai corno do Totó) que foi apaixonado pela irma do Totó.
E a velha Gema ainda por cima é moralista! Cheia de valores bons... E a velha esposa do velho avô do Totó, Brígida, insinuada desde o início da novela, como tendo um caso com o motorista da família, dentro da própria casa, se escondendo do velho marido... Pode? Claro que pode! Em novela da "Grobo" pode tudo...
Dá para acreditar que uma pessoa correta tenha uma familia tão desequilibrada?
Moral da História:
A Globo quer nos dizer que não existem mais valores a serem transmitidos? Ou a vida real é assim mesmo e nós é que estamos sendo anacrônicos? O último que sair apague a luz...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A democracia agredida

por Paulo Brossard (Jurista)

Eu era estudante em 1945 e participei da campanha pela redemocratização do país e votei na eleição de 2 de dezembro daquele ano para presidente da República e para a constituinte que elaboraria a Constituição de 18 de setembro de 1946. Encerrava-se o longo e triste ciclo do Estado Novo, durante o qual houve de tudo, a começar pela destruição dos valores democráticos e pelo endeusamento do ditador, à semelhança do que se fizera nos países totalitários da Europa. E continuei a participar de campanhas e eleições até ser nomeado para o Ministério da Justiça e, posteriormente, para o Supremo Tribunal Federal. Sempre entendi que o ministro da Justiça não deveria ser parte da campanha, mais do que qualquer outro não podendo ser, ao mesmo tempo, autoridade e ator, pois a ele competiria a adoção de medidas que se fizessem necessárias no período eleitoral. Digo isto para salientar que em mais de 40 anos fui testemunha de muito “excesso” e “abuso”, mas nunca tinha visto o que passei a ver e continuo a assistir dia a dia se agravando. E isto é tanto mais significativo quando em quase todos os sentidos o país tem progredido e em muitos deles o progresso chega a ser notável; no que tange à instrumentalidade eleitoral, por exemplo, é quase inacreditável o aperfeiçoamento, mas no momento em que o chefe do Estado se despe da faixa presidencial e assume a chefia real e formal da campanha de um candidato e em cerimônia oficial insulta o candidato, por sinal, da oposição, chamando-o de mentiroso, ele se despe da magistratura presidencial, inerente à Presidência, e ingressa no mundo da ilicitude, que, para um presidente, é a mais grave das infrações às suas indisponíveis responsabilidades.
De resto, isto é a porta aberta para a consumação de todas as truculências verbais e físicas. É preciso não esquecer que a violência é doença contagiosa, e com a publicidade que o governo dispõe ele pode incendiar o país. O presidente quer ganhar a eleição a qualquer custo e pode ganhar, mas a sua eleita pode não governar. Já vi coisa parecida e não terminou bem. O presidente alinhou o Brasil na maçaroca do coronel Chávez. A partir de agora alguém pode sair às ruas portando um cartaz, seja do que e de quem for, sem correr o risco de ser agredido pela guarda de choque do presidente. Foi assim na Itália fascista e na Alemanha nazista. O que aconteceu ontem instantaneamente ganhou uma versão cor-de-rosa na publicidade do governo. O agredido de ontem não foi o cidadão apontado de “mentiroso” pelo presidente da República, foi cada um de nós, foram as instituições democráticas. Para começar um incêndio basta um fósforo, para extingui-lo pode custar o incalculável.
Não preciso dizer que estou profundamente impressionado com o rumo que o presidente está dando à sua incursão empreendida na orla da horda, ele fez um pacto com a fortuna, do qual o imprevisto é sempre possível.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nossas vidas depois da internet

A internet que nos favorece também é aquela que nos aprisiona. Se por um lado o avanço tecnológico trouxe uma melhoria na qualidade de vida, por outro lado gerou vício e dependência desenfreada para a vida moderna. Com a internet temos acesso aos jornais do mundo inteiro, conversamos com pessoas geograficamente distantes, temos controle do conteúdo informativo que nossos filhos observam. Seria impossível pensar nessas situações anos atrás. A vida se tornou mais fácil: donas de casa fazem compras sem sair de casa, investidores compram ações com a rapidez de um clique e temos acesso por sites de busca a assuntos específicos em questão de segundos. Antigamente seria necessário uma tarde na biblioteca para se chegar à um décimo da informação que recebemos em minutos.
A vida contemporânea exige isso. Tudo é instantâneo, urgente. Desenvolvemos ferramentas que comportem o nosso estilo de vida atual. Uma dessas ferramentas, por que não dizer, a internet. Porém, ao mesmo tempo em que enaltecemos o poder da vida online também ficamos condicionados a ela. Não passamos um dia sem checar nossos e-mails e utilizamos sistemas de conversas eletrônicas para cumprimentar colegas que sentam ao nosso lado no trabalho, por exemplo.
A rapidez da internet também trouxe stress e problemas. A necessidade de novidade constante é doentia. O que é novo fica velho antes mesmo de acontecer. O ritmo de vida intenso trouxe problemas físicos e psicológicos para o ser humano, que precisa se superar a cada instante, seja na vida pessoal ou no trabalho.
É preciso analisar os prós e os contras da situação com cuidado. Aproveitar o que a internet trouxe de benefícios, mas sem perder o lado humano, o sentido existencial que permanece em nós. É importante ter um convívio social positivo e manter laços de afetividade para uma vida mais satisfatória. Não podemos restringir a vida moderna e a internet ao lado mecânico da vida.
O ideal é harmonizar condições. Saber utilizar a internet como veículo de informação, aproveitar os benefícios que ela gera e dosar com noções básicas de convivência para uma vida social mais satisfatória. Pense nisso!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A marcha da insensatez e a estupidez protetora

No ano de 1984, Barbara W. Tuchman premiou o mundo com um livro que, além de surpreendente, é admiravelmente bem escrito: “A marcha da insensatez”. Obra para ser lida e relida, dedicada aos que se interessam pelos caminhos da humanidade e procuram explicações para a insensata adoção, por muitos governantes, de políticas contrárias aos seus próprios interesses.
A autora oferece quatro episódios da história mundial como exemplo de momentos muito emblemáticos:
(1) Os troianos puxam o misterioso cavalo de madeira para dentro dos muros de Troia.
(2) Os Papas da Renascença não captam a importancia das vozes reformistas e não impedem a cisão protestante.
(3) A arrogância dos lordes ingleses detona o processo de libertação da América do Norte.
(4) Os americanos se atolam no Vietnã.
Como entender que, com poder de decisão política, alguns ajam tão frequentemente de forma contrária àquela apontada pela razão e pelos próprios interesses em jogo? Por que o processo mental dessas inteligências, também tão frequentemente, parece não funcionar?
O último capítulo do livro – Uma lanterna de popa – oferece ao leitor conclusões bastante melancólicas sobre os relatos e feitos analisados. Uma dessas conclusões sustenta a tese de que, entre as causas que mais contribuem para a insensatez política, a principal é a ambição do poder.
A ambição do poder é definida por Tácito como sendo a “mais flagrante de todas as paixões”. Ela só se satisfaz quando exerce o poder sobre os demais seres humanos. Governar acaba sendo a melhor forma de exercer o poder sobre as pessoas.
Ganhar muito dinheiro, ou conseguir muita fama, também oferece satisfação de poder. Mas isso só se forem muito bem-sucedidos. Nos casos comuns, embora o dinheiro lhes propicie alta posição social e luzes de fama, fica faltando o domínio sobre os demais. O real domínio, que só o ato de governar lhes oferece! O domínio sobre os outros significa, para os governantes, o verdadeiro poder que ambicionavam. Por isso desejam-no ardentemente e conquistam-no a duras penas. Depois, lamentavelmente, se revelam incapazes de exercê-lo sobre si mesmos.
Nenhuma alma, segundo Platão, consegue resistir ao excesso de poder. Para livrá-la da insensatez, só a garantia das leis. Sem essas garantias, o excesso de poder conduz à desordem e à injustiça. Toda insensatez começa assim...
Maquiavel, que sabia das coisas, dizia que todo governante “deve ser um grande perguntador, escutar pacientemente a resposta sobre o que perguntou e manifestar sua ira ao verificar que lhe ocultaram a verdade”.
No mundo de hoje, qualquer titular de governo enfrenta muitíssimos problemas. Às vezes, fica dificil a compreensão clara e sólida de muitos deles. Não sobra tempo para pensar e refletir. Além disso, o grupo que cerca o chefe só age em função de decisões que possam lhe garantir prestígio político e força eleitoral. E, dizia Maquiavel, “se ele fica à mercê do grupo que o cerca, ele abre caminho para uma situação que alguns estudiosos definem como ESTUPIDEZ PROTETORA".
A estupidez protetora é a responsável pelo fato de o Presidente não fazer muitas perguntas, não escutar pacientemente as respostas e não ficar irado quando verifica que lhe ocultaram a verdade.
A nossa Marcha da Insensatez vem sendo liderada, lá do Planalto, por um grupo assim, todos movidos exclusivamente pelo objetivo de permanecer no poder. Põem em prática, como nunca antes, todos os famosos Princípios de Dominação pela Propaganda, seguidos por Goebbels, Stalin, Mao, Fidel e tantos outros.
Não se pode negar que, às custas de bilhões de reais, os efeitos dessa propaganda estão sendo alcançados. Lula nunca sabe de nada. E, quando sabe, passa a mão pela cabeça dos culpados e, irado, até se atreve a querer calar o Estadão, o mais corajoso e livre órgão de imprensa do Brasil!
O mais triste, ainda, é que apesar de todos os escândalos, da mais deslavada corrupção, da mais desavergonhada compra de consciências, da mais cínica postura em relação às leis, o brasileiro continua calado e anestesiado. A voz do país ainda não se fez ouvir. Misteriosas e oportunas pesquisas de opinião dão a entender que o povo está feliz, achando que tudo vai bem. Mesmo com os problemas da assistência à Saúde. Mesmo com os níveis desastrosos da Educação. Mesmo com a vergonha da infraestrutura dos transportes. Mesmo com o aumento apavorante da violência. Mesmo com os portos ainda travados. Mesmo com as dívidas públicas não pagas. De onde vem, então, essa apregoada visão positiva de um governo tão vulnerável?
Vem da força terrível da propaganda. Da prática imoral da dominação de um povo pelas artimanhas, armadilhas e artifícios da mais poderosa e cara máquina estatal de propaganda governamental jamais montada antes no Brasil! Nem na ditadura de Vargas, nem no período militar. O grupo de Lula só tem um objetivo: continuar no poder. Como? Essa ambição é que leva à insensatez.
Sabendo que seria perigoso prorrogar o seu mandato, trilhando, desde logo, o mesmo caminho de Hugo Chavez, Evo Morales, Rafael Correa e outros do mesmo time, o Presidente não hesitou, ditatorialmente, em afrontar a sua própria gente! Impôs uma candidatura ao PT. Derrubou os procedimentos democráticos usados pelo partido. Quem xingava tanto as oligarquias conservadoras, cometeu a insensatez de imitar os troianos, os Papas da Renascença, os lordes ingleses e o atoleiro do Vietnã! Mas a História é implacavel. Sempre há um cavalo de pau. Um Lutero. Um Washington. Um drama em Saigon. Sempre há!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A CAMINHO DOS 99,9999995%

por Gilberto Geraldo Garbi (*)

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares.
Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo...(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).
Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição... Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.
Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.
Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.
Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.
Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes. E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse. Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País. Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos. Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria. Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.
Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-ageneralizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração. O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva. Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa. A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques? Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão;
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho;
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas;
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante;
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las;
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Por falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.
Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós. Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia. Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma. Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.
Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí... Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa...
Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta. Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo? E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.
A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas. O que houve entre o BNDES e as redes de televisão? O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos? Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem. Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.
Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.
É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".
Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino...

(*) Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA do ITA, entre outras honrarias que recebeu daquela instituição. Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Esperto e oportunista!

Um dos argumentos prediletos dos bolsas net, é de que Lula sofre preconceitos por ser mestiço ex-operário, não ter diploma, etc... Ora, o malandro teve 30 anos sustentado pelo PT e outras fontes, e não preocupou-se sequer em aprender português, enquanto Vicentinho, também de origem humilde e igualmente petista, formou-se em direito, e Marina (continua petista) alfabetizou-se em condições muito mais precárias, após os dezesseis anos!
Uma coisa é inegável: a figura, além de oportunista, é de uma esperteza macunaímica. Quando liderava as greves no ABC, jogava para os dois lados e já possuia um Corcel II, segundo depoimento de um ex-sindicalista. presidente da republica, ficou mais sentado no aero lula, do que na cadeira da presidência! Suas despesas com cartões de crédito, envergonham àqueles que "vivem" de aposentadoria! Dividiu a nação em cotas, jogando negros contra brancos, sob o pretexto de "reparar" injustiças históricas, quando seria mais decente investir no ensino básico, com possibilidades para todos e não criando situações humilhantes para os negros, que mesmo com notas inferiores são preferidos em disputa de vagas para faculdades, em função da cor de sua pele!
Acusa frequentemente as elites, sendo ele, o Golden Boy dos banqueiros; paga, demagogicamente, o FMI, enquanto a dívida interna do país alcança a casa de mais de um trilhão e quinhentos bilhões de reais! Transforma o povo em párias, reféns das várias bolsas anestesias, e tudo isso, pela permanência indefinida no poder! Compara o poste a Mandela, e pasmem, ao próprio Jesus Cristo, e as "pesquisas" indicam 80% de aprovação para a triste figura!
Fica aqui um repto: que Lula vá ao Maracanã, ao Mineirão, ao Morumbi, ao Beira Rio em dia de clássico e permita que seu nome seja anunciado no serviço de autofalantes. Outro desafio: repetidamente, a figura acusa o governo de Fernando Henrique Cardoso de todos os problemas, por ele Lula, não resolvidos; experimente mudar o plano econômico herdado de FHC! Troque o real por uma moeda inventada, digamos, pelo Mercadante! Abandone o câmbio flutuante... o combate à inflação... a lei de responsabilidade fiscal... Cadê o tal de plano B, que se não fosse o Meireles (ex-PSDB) tería afundado o país logo no primeiro ano de (des)governo?
Ah... Duda Mendonça... O que não se inventa por dinheiro! Aliás, recebido no exterior burlando toda a legislação eleitoral, por ocasião do Mensalão! Ah... se eu não acreditasse na Lei de Causa e Efeito... (SO PARA LEMBRAR, ELE É ESPIRITA, MAS DE OLHO VIVO!)
Quando comecei a postar textos aqui no meu blog, sabia que teria muitas pessoas contra, mas sabia, também, que teria muito mais pessoas me apaludindo e me incentivando a falar as verdades sobre os DESgovernos que ai estão. Os bolsas net, os fanáticos petistas, me condenam ao fogo eterno, porque afirmava e ainda afirmo, que Lula e seus capangas, fariam de tudo para manter-se no poder! E o que assistimos agora? Dossiês falsos, quebra de sigilo de Eduardo Jorge, engavetamento de CPIs, a morte não explicada de Ives Hublet (aquele das sagradas bengaladas no crápula Zé Dirceu), "manifesto" das Centrais Sindicais, subsidiadas pelo governo, apoiando o poste, a nomeação em final de governo de mais de 30 mil companheiros, terrorismo virtual, a compra da dignidade do povo, através das bolsas anestesias, e mais o que vem por aí!
Continuarei a escrever, a manifestar-me e ter opinião sobre tudo e todos. Farei o que for possível para denunciar esta quadrilha travestida de partido de esquerda! Fascistas, é o que são!
Deus me poupou do sentimento do medo! Todo o dia é bom para viver ou morrer, mas sei bem a diferença entre ditadura e democracia, e convoco a todos que desejam um Brasil livre a lutar o bom combate!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Verdade Sufocada

Ainda há tempo para mudar, evitar o pior e tirar o PT do poder! Basta que os cidadãos sérios, preparados e comprometidos com a verdade e com o Brasil e, portanto, menos vulneráveis à propaganda enganosa, perseverem na faina de contribuir com suas apreciações, denúncias e críticas para que nossos irmãos brasileiros tenham uma visão real e precisa da conjuntura e das ameaças que pairam sobre nós. É preciso esclarecer e denunciar a realidade das políticas do atual governo, suas ambições de poder, seus comprometimentos ideológicos e estratégias de longo prazo, suas tendências totalitárias e liberticidas, seu descaso para com a soberania e para com a integridade territorial da Pátria.
Tudo isto sem contar com o achincalhamento da imagem do país, vítima de nunca visto corrompimento ético e moral e de uma política externa que o
expõe à ridicularização internacional. Um simples e superficial levantamento de dados, baseado em discursos, declarações, alianças e atitudes do grupo governamental, fartamente documentados na rede internacional de computadores, deixa claro a qualquer analista, por menos afeito que esteja às nossas mazelas, as suas intenções castradoras da liberdade.
O comunismo e a cubanização do Brasil são, objetivamente, os horizontes colimados por eles e pela militante terrorista indicada para dar continuidade a sua obra. A comprovação desta assertiva está registrada até em vídeos encontrados em fontes abertas e acessíveis a qualquer pesquisador. Ouvi várias vezes dizerem que Lula não é comunista, tantas que quase acreditei. Dizem os desavisados e os mal intencionados ser ele apenas um esperto, um homem inteligente que conhece seu carisma e que aprendeu a utilizá-lo para conquistar a simpatia de parte significativa da massa de iletrados que compõe o eleitorado brasileiro, quando a verdade é que Lula, Hugo Chavez, Correa, Evo Morales, os Kirchners, e outros tantos do mesmo time, são espelhos e declarados admiradores dos irmãos Castro e de sua obra opressora.
Isto é público e notório, está documentado e gravado, à disposição de quem
quiser ver! A escolha do povo, todavia, é soberana, tem que ser respeitada e assim será. Cabe, no entanto, aos mais esclarecidos alertá-lo para a propaganda enganosa, para a falsidade e para o perigo de deixar-se levar
pelo canto inebriante da sereia.
A Nação está, digo, continua sendo enganada pela conversa de vigaristas profissionais, capazes de vender a estátua do Cristo Redentor e de rifar o bondinho do Pão de Açúcar! Criminosos que se valem da boa fé dos cidadãos para tirar-lhes a liberdade em troca de promessas vazias ou de um prato de comida.
É preciso abrir os olhos dos incautos, ainda há tempo, basta que continuemos nosso trabalho denuncista e que as lideranças e as Instituições de Estado até agora não corrompidas, ou não aparelhadas pelos agentes do partido governista, rompam o silêncio e a inércia e denunciem o processo subversivo que põe em risco o futuro e a liberdade dos filhos desta terra.
As evidências desse risco estão aí, retumbantes, escancaradas, tonitruantes, audíveis e visíveis ao mundo e aos brasileiros mais esclarecidos. Acreditemos e peçamos a Deus para que este barulho e esta visibilidade façam disparar o alarme das consciências e que a ordem para guarnecer os postos de combate seja expedida, porque a Pátria está, mais uma vez, em perigo.
Que Deus nos ilumine!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Retalhação geral na imprensa nacional

O primeiro jornalista a sofrer cerceamento do direito de bem informar, em consequência dos seus verdadeiros, contundentes e procedentes comentários contra os desmandos do atual governo, foi o Boris Casoy. De acordo com o noticiário da época, ele foi demitido a pedido do próprio Lula. Entretanto aos olhos dos menos atentos, a coisa vem se agravando de maneira avassaladora e perigosa, senão vejamos:
O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro "As Meninas do Jô" que era apresentado às quartas feiras onde as jornalistas Lilian Witifibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito e, por vezes, outras mais, traziam à público e debatiam todas as falcatruas perpetradas por essa corja de corruptos que se apossou do país. As entrevistas sobre temas políticos não têm sido mais levadas a efeito atualmente. Virou um programa de amenidades e sem qualquer brilhantismo. Quem diria heim Jô Soares!
O jornalista Arnaldo Jabor, considerado desafeto pelo governo atual, vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo de retaliação. Já foi processado, condenado, amordaçado e por aí vai. Sua participação diária, às 07h10min na Rádio CBN tem se limitado a assuntos sem a relevância que tinha, haja vista que está impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo.
A jornalista Lúcia Hippólito, que tinha uma participação diária, às 07h55min na Rádio CBN, não está mais ocupando o microfone da emissora como fazia e nenhum comunicado foi feito pelo âncora do horário, o jornalista Heródoto Barbeiro. Sorrateiramente, colocaram-na como âncora em outro horário, onde enfoca matérias mais amenas e sem a habitual, verdadeira e procedente contundência.
Diogo Mainard, da Revista Veja, além de processado, vem sofrendo várias ameaças de morte por parte do jornal do MR-8 (que faz parte da base aliada ao Lula) e de integrantes dos chamados "Movimentos Sociais".
O jornal "Estadão" de São Paulo está sob forte censura governamental há pelo menos 300 dias.
Pelo que se vê, Fidel Castro está fazendo escola na América do Sul. O primeiro a colocar em prática estes ensinamentos, aniquilando o direito de imprensa foi Hugo Chaves, e pelo andar da carruagem o nosso PresiMENTE está trilhando pelo mesmo caminho.
Constitucionalmente:
Onde está o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO?
Onde está o LIVRE DIREITO DE MANIFESTAÇÃO?
Onde está a LIBERDADE DE EXPRESSÃO?
Onde está a LIBERDADE DE UMA NAÇÃO?

O poema abaixo diz muito sobre a atualidade:

Poema DA MENTE
Affonso Romano de Sant`Anna

Há um presidente que mente,
Mente de corpo e alma, completa/mente.

E mente de maneira tão pungente
Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
Mais que mente, sobretudo, impune/mente....

Indecente/mente.
E mente tão nacional/mente,
Que acha que mentindo história afora,
Vai nos enganar eterna/mente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gremista, tu é um Segundino. Viva com isso!

Diariamente nos deparamos com textos fantasiosos do lado de lá, que tentam, desesperadamente (e desespero é só que resta a eles) fazer o Grêmio Futebol Porto Alegrense parecer maior que o Internacional.
O fato é que nem mesmo eles acreditam mais nos próprios argumentos e a relação de grandeza entre nós e eles já se tornou digna de pena.
Vamos aos fatos:

IMORTALIDADE
Essa é a palavra que define o GFPA. Mas só para eles mesmos. A História, a lógica e o bom senso mostram que na verdade não existe nada de imortal no clube da Azenha. A imortalidade tricolor ficou famosa com viradas como contra o Caxias em 2007 e na “Batalha” dos Aflitos (uma final de Série B contra o grande Náutico). Onde estava a imortalidade contra o Boca em 2007, quando, além de não reverterem os 3x0, ainda levaram mais 2? (A maior goleada em saldo combinado de uma final de Libertadores). Onde estava contra o Cruzeiro em 2009? Onde estava na eliminação para o 15 de Novembo em 2006? Juventude e Atlético-GO em 2008? Santos e Goiás em 2010? Onde estava nas duas vezes em que foram rebaixados? Mas que diabos de imortalidade é essa que nunca aparece nos momentos decisivos? Vocês gremistas realmente acreditam nessa bobagem? E o pior: realmente vão continuar com essa coisa ridícula a cada jogo eliminatório? Sério que não dá nem uma ponta de vergonha?

HISTÓRIA E TÍTULOS
Desde que ganhamos a América e o Mundo em 2006, ficamos acostumados a ouvir bobagens do tipo: “O inter nasceu em 2006” ou “Levaram quase 100 anos pra ganhar alguma coisa”. Mentira! Quando o GFPA ganhou “alguma coisa” o Internacional já era Tri-Campeão do Brasil. Até hoje o único a fazê-lo de forma invicta (1979). O Internacional já tinha feitos, times e ídolos que jamais serão esquecidos. O Rolo compressor, o Octa Campeonato Gaúcho. O Internacional já era pai em gre-nais e pai em Gauchões.
O GFPA viveu quase sete décadas à sombra do Internacional, até viver os seus únicos dois momentos que o fizeram ser o que é: O início dos anos 80 e a década de 90. Só isso. E agora o que vemos? A continuação da superioridade colorada, mais nada.
É fácil esquecer o que aconteceu há mais de 30 anos atrás, pra geração Felipão. Mas não se esqueçam que antes de 1983 existiram outros setenta e quato anos onde só o Internacional marcou história.
Tentam desmerecer a grandeza dos nossos títulos com argumentos ridículos. Nossas Libertadores sempre são as mais fáceis. Esquecem que para chegar onde estamos já passamos por São Paulo (duas vezes), por campeão argentino, por campeão da última Libertadores. Barcelona. Hamburgo.
Acham clichê usarmos como argumento o fato de eles terem sido rebaixados duas vezes, como se essa fosse a nossa “defesa”, mas não param pra pensar que de fato é vergonhoso sim um time que se considera grande e imortal ter disputado a Série B em duas ocasiões. E mais vergonhoso ainda é ter saído de uma delas no tapetão. GFPA tu é um Segundino, viva com isso.
Antes de falar em América e Mundo, dá uma olhada aqui pro teu chão. Campeonato Gaucho, que antes era “Ruralito” e agora vocês comemoram como se fosse mundial, a gente sempre teve mais. Mesmo que tu fosses 10 vezes campeão do mundo, e o Internacional nem títulos tivesse, tu ainda estaria 24 surras atrás do teu carrasco em Gre-Nais. E nesse aspecto tu vai ter que viver sempre como filho.

ÍDOLOS
Nesse ponto fica até sem graça discutir. Basta olhar pra trás e ver de quantos ídolos de verdade foi construída a história do Internacional. Claudiomiro, Falcão, Escurinho, Manga, Figueroa, Bodinho, Taffarel, Dunga, Valdomiro, Dario, Jair e tantos, tantos outros que além da história, da memória, dos cantos da popular, ocupam os corredores do clube, onde são respeitados e amados por torcedores e dirigentes, convidados a ocuparem cargos e a trabalharem juntos com o Internacional.
E do lado de lá o que vemos? O maior ídolo tricolor é um Gaúcho que fala como Carioca. Um ídolo que declarou publicamente que o melhor clube em que já trabalhou (como jogador e técnico) foi o Vasco da Gama.
Eu fui testemunho, por ter sido amigo de infância, de que o Renato “Portalápis” era colorado quando criança e dizia-se o substituto de Valdomiro. Mas teve um porém: na hierarquia futebolística, era o terceiro da família, pois antes dele, jogavam infinitamente mais bola que ele os irmãos Adiles e Mauro. É só olhar nos registros do Internacional que Adiles foi discípulo de ... mas como na década de 70 comportamento contava muito, foi dispensado pelo clube.
Vemos Dinho, Jardel, Danrlei, Tcheco! O torcedor gremista não tem apego nenhum pelos jogadores do passado, pela própria história. Pergunte para algum gremista mais jovem sobre os ídolos pré-Felipão. Sobre o time campeão da América e do Mundo. Depois pergunte para um colorado, mesmo os que não viveram antes dos anos 80, conhecem nem que seja um pouco de quem fez a nossa história.

TORCIDA
Não vou tornar o texto ainda mais longo contando a história de Vicente Rao e de como a torcida colorada inventou um jeito novo de torcer, de como levou a festa para dentro das arquibancadas. Papel picado, instrumentos, cantoria, pulos, tudo isso que hoje em dia a Geral acha que criou já era levada aos estádios pela nossa torcida muito antes deles nascerem. Aliás, a gente começou a ser chamado de macaco quando os invejosos acharam estranho aquele jeito de torcer do povão colorado (a maioria de negros, com muito orgulho), e quem diria, hoje querem pular mais do que os macacos. Sem falar que o GFPA foi o último clube no Brasil a permitir a entrada de negros no clube.
Geralmente, torcedor é tudo igual, só muda o time. Aqui é diferente. Vemos na torcida colorada uma paixão comovente pelo Clube, pela História. Do lado tricolor vemos uma torcida arrogante e amarga, que vive num mundinho particular, que pode estar no fundo do poço e nunca terá a humildade de considerar a situação. Os colorados amam o Internacional. Os gremistas amam ser gremistas.
Geral? O que o GFPA já ganhou com essa torcida da moda, que tem 80% dos cantos falando do Inter ou da própria Geral? É a definição de uma torcida que quer ser maior e aparecer mais do que o próprio time.
Gremistas, chega de mimimi. Se ponham no lugar de vocês. Um dos grandes clubes do futebol brasileiro, sem dúvida. Mas a história e a grandeza do teu clube não se compara com a do Sport Club Internacional. Nem de perto.

sábado, 31 de julho de 2010

O futuro do PT

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base. Os orgulhosos padrinhos foram: primeiro o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.
Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT. Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas, esses todos que sustentam o atual governo.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto. Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros. Tudo muito chique, conforme o figurino.
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior. Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida Frei Betto. E agora, bem mais recentemente, o senador Flavio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido. Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas. Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República. Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus.
Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente. É o triunfo da pelegada.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cristais quebrados

por Carlos Vereza
Ator e ex-petista

Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010. Ou existe alguém com tamanha ingenuidade para acreditar que o “fascismo galopante” que aparelhou o estado brasileiro, vá, pacificamente, entregar a um outro presidente, que não seja do esquema lulista, os cargos, as benesses, os fundos de pensão, o nepotismo, enfim, a mais deslavada corrupção jamais vista no Brasil?
Lula, já declarou, que (sic) “2010 vai pegar fogo!”. Entenda-se por mais esta delicadeza gramatical, golpes abaixo da cintura: Dossiês falsos, PCC “em rebelião”, MST convulsionando o país… Que a lei de Godwin me perdoe - mas assistiremos em versão tupiniquim, a Kristallnacht, A Noite dos Cristais que marcou em 1938 o início do nazismo na Alemanha.
E as vítimas serão todos os democratas, os meios de comunicação não cooptados (verificar mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão no país: em texto aprovado pelo diretório nacional do PT, é proposto o controle público dos meios de comunicação e mecanismos de sanção à imprensa). Tudo isso para a perpetuação no poder de um partido que traiu um discurso de ética e moralidade ao longo de mais de 25 anos e, gradativamente, impõe ao país um assustador viés autoritário. Não se surpreendam: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.
Prêmios, como por exemplo, o Chatham House, em Londres, que contou com “patrocínios” de estatais como Petrobras, BNDES e Banco do Brasil, sem, até agora, uma explicação convincente por parte dos “patrocinadores” ; matérias em revistas estrangeiras, enaltecendo o “mantenedor da estabilidade na América do Sul”. Ou seja: a montagem virtual de um grande estadista. Na verdade, Lula, é o übermensch (SUPERHOMEM) dos especuladores que lucram como “nunca na história deste país”.
Sendo assim, quem, em perfeito juízo, pode supor que este ególatra passará, democraticamente, a faixa presidencial para, por exemplo, José Serra, ou mesmo Aécio Neves? Pelo que já vimos de “inaugurações” de obras que sequer foram iniciadas, de desrespeito às leis eleitorais, do boicote às CPI, como o da Petrobrás, do MST e tantos outros “deslizes”, temos o suficiente para imaginar o que será a “disputa” eleitoral em 2010.
E tem mais, o PT está comprando com o nosso dinheiro, Políticos, Intelectuais, juizes, Militares, o povo humilde com bolsa esmola e formando milícias com o MST, PCC, Sindicatos, ONGs, Traficantes e outros, que recebem milhões e milhões de reais, para apoiar o PT e as falcatruas do Governo lula.
Não podemos nem pensar em colocar como Presidente do Brasil, uma mulher Terrorista, que passou a vida assaltando bancos, matando pessoas inocentes, arrombando casas, roubando e matando as pessoas. Só uma pessoa internada num manicômio, seria capaz de votar numa BANDIDA para presidente de um País. Confiram.

Carlos Vereza – Ator – ex-petista

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A perda de um pai. Meu pai, meu querido, meu amigo

Escutar as histórias dos outros pode nos afetar emocionalmente até certo ponto, mas a dor da perda você só pode senti-la quando vive em primeira pessoa. Tristeza é o desespero do irreversível. Irreversível é a morte. Perdi meu pai. Ele morreu vitimado de um infarto fulminante. De qual outro modo ele poderia morrer? “Overdose” de amor mata. Como dizia Carlos Drummond de Andrade, que morreu logo depois que sua querida filha se foi “Não morremos de morte morrida, mas de vida vivida”.
A conjugação pode estar errada, mas os poetas, como se sabe, são livres para “poetar” e o sentido é profundo. Tenho certeza que meu pai abusou demais daquele coração vivendo intensamente suas emoções. “Prefiro viver intensamente por menos tempo, do que viver mais e não poder fazer as coisas que mais gosto nessa vida”, comentou a algum tempo atrás comigo.
Foi a vida que ele levou que o levou embora. Quem ele amou, ele amou sem medidas porque era ávido de amor. Gostava de dividir e doar. Sincero até demais, dono de um coração sem limite que o traiu no seu último momento.
Todos nós, que moramos aqui, temos medo de uma notícia destas. Nossa alma fica pequena só de pensar e temos que viver com isso. Quanto mais passa o tempo e eles envelhecem lá do outro lado, pode ter certeza, um dia esta notícia vai chegar. É o curso natural da vida, mas quem disse que é fácil aceitar?
A tristeza desta perda não se resume ao passado, é a dor da tristeza pelo futuro que não se terá. Ele não vai mais estará a me esperar para o costumeiro chimarrão, não mais estará do outro lado da linha para mim comentar algum jogo do Inter (que, convenhamos, faz tempo que não joga nada), dentre tantas vezes que tivemos nesses meus 45 anos de vida como seu filho. Ele gostava dos encontros mas não gostava das despedidas. Quem pode gostar?

Perder alguém querido é perder-se, porque somos feitos dos outros que nos rodeiam. Pai e mãe é parte de nós. Foi-se um pedaço do peito. Foi-se uma parte de nós, da nossa família. Saudade e tristeza profunda misturadas a uma alegria tão grande de tê-lo no passado. De tê-lo tido como meu pai, como amigo, como sócio. Sentimentos confusos nesta hora. Ele se foi, e esta doendo. Saber que nunca mais vou abraçá-lo, nunca mais vou ter o prazer de revê-lo me faz sofrer. Saudade para o resto da vida. Dói muito ver meu irmão e meu filho – dois inocentes – perguntando se ele volta.
Nunca mais vou ouvir sua voz. Não vou mais ver suas brincadeiras com as pessoas que te rodeavam e te curtiam, porque de uma maneira só tu, fazias rir. A tua sensibilidade para apreciar filmes e bons livros. O teu respeito ao próximo, a natureza, ser honesto, e todos aqueles valores morais que hoje eu procuro passar para meu filho eu devo, também, a você meu pai. O sentimento agora é só saudade e tristeza, misto de um que de orfandade a perda do meu pai. Tristeza é um silencio que grita dentro. Lágrimas incontroláveis é um protesto que a situação seria melhor se fosse outra. Nunca mais dói demais.
Perder um pai ou uma mãe não tem consolo. A distancia nestas circunstancias é cruel. Aquele telefonema que eu não encontrei o tempo para dizer mais uma vez o quanto eu o amava. Me entristeço pensando o quanto a gente adia pequenas coisas que são realmente importantes da vida, na ilusão de que o tempo “vai dar” para fazer tudo. Não deu para dizer adeus... e esta doendo, muito. Obrigado a todos os amigos pela presença e palavras de conforto.

Dunga, um homem de verdade

O Dunga foi capitão da seleção, lembram? Xingava todo mundo e exercia liderança absoluta sobre seus colegas dentro do campo. Para que a comissão técnica conseguisse bom comportamento do Romário durante a Copa botaram o mesmo a dormir no quarto do Dunga. Romário até hoje diz que o melhor amigo que ele teve na Seleção foi o Dunga, porque lhe deu sempre bons conselhos e conversavam horas a fio.
Foi capitão no Internacional de P. Alegre, do qual saiu porque reclamou duma diferença de 400.000 reais que não lhe pagaram. Abandonou as chuteiras, entrou na justiça e teve ganho de causa. E fez uma doação dos 400.000 reais para uma instituição de caridade de P. Alegre que atende crianças com câncer.
Qual jogador que faria isso nesse bando de mercenários que anda por aí? Como técnico, tem suas convicções e delas não se afasta. É viril, sim, como foi dentro de campo. Todo mundo sabe que, fora do campo, é uma moça tímida. Mas se transforma num guerreiro quando defende seu trabalho e suas convicções.
E exerce total liderança entre os jogadores, cada um deles com o Ego maior do que um transatlântico. Depois da partida contra Costa do Marfim, quase quebraram nossos melhores jogadores. Queriam que Dunga recitasse poemas parnasianos na entrevista? Chamou alguns críticos de fdp E daí? Alguns são mesmo!
É um homem de verdade o Dunga. Num país habitado quase por fantoches e marionetes.
Como é honesto, é criticado.
Como é direto e coerente, é chamado de grosso.
Como não adula jornalista, é sabotado.
Como caga e anda para a crítica, é odiado.
A Globo que crie vergonha e critique a roubalheira que ocorre no país, sem medo de perder as verbas publicitárias dos Correios, Caixa Econômica e demais órgãos estatais.

domingo, 11 de julho de 2010

A Viagem

Esse texto é em homeagem ao meu pai, que desencarnou no último dia 03/07/210, vítima de infarto.

Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada. Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques. Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outras fazem a viagem experimentando só tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão queridos acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um, o que tem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto poderão fraquejar e provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entendeu. O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos, esposa, neto, irmão, amigos, viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade... Quem entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros". Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.
WATERLOO CABALAR EHLERT
*11/05/1942
+03/07/2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

VOTO NULO: Uma arma contra os maus políticos

Convenhamos; não temos nenhum candidato que nos convença de que algo vai mudar de verdade. Seria maravilhoso se pudéssemos divulgar o que vou escrever nas próximas linhas ou, claro, se você está satisfeito com essa politicazinha de favores, então nem continue a leitura.
Precisamos de uma vez por todas passar um rodo neste país e deixar que nossos filhos, netos e bisnetos tenham uma vida melhor que a nossa, livres de bandidos, corruptos, mentirosos e debochados. Quem assiste todas as segundas-feiras, as 22h, o programa CQC, da Band, sabe do que estou falando. É inadmissível o que acontece em Brasília. Claro que as maracutais também acontecem por aqui, é óbvio. Por isso estou dando a alternativa de votar 000 + tecla verde = VOTO NULO.
Você sabe como eliminar 90% dos políticos corruptos em uma única vez? Isso mesmo, em uma única vez? Preste bem atenção: Você sabe para que serve o VOTO NULO? Não sabe, claro! Então não se preocupe, eu acredito que menos de 1% da população saiba algo sobre isso.
Agora, você sabe porquê não sabes para que serve o VOTO NULO? Então vamos a um exemplo: Imagine uma eleição qualquer, onde os candidatos sejam: Lula, Paulo Maluff, José Dirceu, Marcos Valério, Delúbio Soares, Roberto Jefferson, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, Michel Temer, entre outros (só gente boa).
Campanha vai e campanha vem, você eleitor, se acha na obrigação de escolher uma dessas figura ilustres (o tal do “menos ruim”) e com isso acabe afundando ainda mais o nosso país! Mas, ai você diz: “Nesse caso, não temos saída”! Engano seu!
O que você não sabe, é que se uma eleição for ganha por “VOTOS NULOS” é obrigatório haver nova eleição com candidatos diferentes daqueles que participaram da primeira. Isso a grande maioria do eleitorado brasileiro não sabe, porquê todos os poderes estão comprometidos com o que está ai, tanto a nível nacional, estadual e municipal.
Ainda não entendeu? Se, no exemplo que descrevi acima, você e todo mundo votasse NULO, seria obrigatório haver uma NOVA ELEIÇÃO e esses “pilantras” não poderiam concorrer mais ao mesmo cargo político, pelo menos por mais quatro anos. Isso é fato! Isso é real! Nós é que não sabemos votar e escolhemos o menos pior.
Imagino que como muita gente, você não sabia desse detalhe. Agora você entendeu por que isso nunca foi divulgado? Acha que é mentira? Então vá até um Cartório Eleitoral ou ligue para o Superior Tribunal Eleitoral ou para a Ordem dos Advogados do Brasil e tire suas dúvidas. Ou, pesquise na internet, nos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, Diário Catarinense, O Estado do Paraná, Zero Hora, Correio do Povo, Gazeta do Povo, revistas. Entre em contato com esse pessoal e pergunte porque o VOTO NULO não é divulgado.
Segundo a legislação brasileira, se a eleição tiver 51% de votos nulos, o pleito é ANULADO e novas eleições terão de ser convocadas imediatamente e os candidatos concorrentes são impossibilitados de concorrerem nesta nova eleição – assim que devemos fazer a faxina neste país.
Como nós não sabemos votar, pois entra fulano, sai beltrano, nós não estamos satisfeitos. Ou você concorda com essa piada que o Lula tem oitenta por cento de aprovação? Precisamos de uma vez por todas, mudar este país, colocar gente decente, sem vícios políticos. E olha que tem muita gente boa nesse país. Ou então, esqueça tudo e siga a frase: “o povo tem o governo que merece”.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A parábola do Rato

Certo dia, um homem entrou numa loja de antigüidades e se deparou com uma belíssima estátua de um rato. Bestificado com a beleza da obra de arte, ele correu ao balcão e perguntou o preço ao vendedor:
- Quanto custa?
- A peça custa R$ 50 e a história do rato custa R$ 1.000,
- O quê? Você ficou maluco? Vou levar só a obra de arte.
Feliz e contente o homem saiu da loja com sua estátua debaixo do braço. À medida que ia andando, percebeu mortificado que inúmeros ratos saíam das lixeiras e bocas de lobo na rua e passaram a segui-lo.
Correndo desesperado, o homem foi até o cais do porto e atirou a peça com toda a sua força para o meio do oceano. Incrédulo, viu toda aquela horda de ratazanas se jogarem atrás e morrerem afogadas.
Ainda sem forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor disse:
- Veio comprar a história, não é?
- Não, eu quero saber se você tem uma estátua do Lula...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Há professores e há educadores

Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos que usava batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom. O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.
No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram. No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho.
O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!
Moral da história:
Há professores e há educadores...
Comunicar é sempre um desafio! Às vezes precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.

terça-feira, 23 de março de 2010

Apenas uma questão de gosto

Tenho certeza e, sempre que posso, reafirmo, como um princípio categórico e norma de vida: mulher, política, religião, tamanho de seios, marca de automóvel, rabanetes, beterrabas, futebol, cor de batom, rúcula, cinema, Fórmula Um e sorvete de maracujá, dentre várias outras coisas, não se discute.
A única coisa sobre a qual se pode discutir, sem risco de arrumar uma briga, um inimigo ou levar um soco na cara é: Gosto!
Gosto, podemos discutir valentemente, expressar nossa preferência sem ofender, magoar e irritar o oponente.
Fiel a esse princípio, sinto-me à vontade para dizer que não gosto do Partido dos Trabalhadores, dos seus membros, de seus diretores, de seus representantes públicos, prefeitos, deputados, senadores, desculpem o palavrão.
Não gosto do modo como eles destorcem a verdade para provar suas teses, da mania de desqualificar os oponentes para ganhar a discussão, da soberba, típica de quem se sente o dono da verdade, do viés autoritário que norteia suas condutas.
Não gosto da maneira como eles corrompem e se corrompem, da forma como mentem e da absoluta intransigência com opiniões contrárias. Não é uma questão particular, não falo de um ou de outro. Falo do todo. E não gosto do todo.
Não gosto do modo como eles aparelham o Estado, não gosto do plano de poder, não gosto de suas alas e correntes, inclusive e sobretudo a stalinista com seus bigodudos, a castrista com seus barbudos e as agrárias com seus movimentos armados.
Aos mais apressados, atenção! Estou falando de uma questão de Gosto, não se trata de Política, podemos discutir meu Gosto à vontade, sem receio de nos engalfinharmos, caso o Gosto de Vossas Senhorias seja diferente do meu.
Não gosto do MST, um dos braços armados do PT e não gosto do CPERS, um dos braços desarmados do PT.
Para quem não sabe, o CPERS/Sindicato é o sindicato dos professores, aqui no RS, especialista em promover greves inúteis, que causam transtornos a alunos, famílias e população. Não que não tenha direito à greve.
Gosto do direito dos trabalhadores de fazer greve, desde que seja uma greve corporativa, destinada a reais mudanças, quando elas são necessárias.
Não gosto da greve inútil, sabidamente destinada ao fracasso, quando exige o impossível, quando recusam a negociação, coisa que, lamento dizer a quem gosta, é uma especialidade do CEPERS/Sindicato.
Greve para desestabilizar o governo e garantir lucros eleitorais futuros. Salvo quando, uma única vez, o PT governou o Rio Grande do Sul e atrasou o Estado em pelo menos 15 anos (aí já é opinião, me arrisco a receber pauladas...).
Então, o CPERS/Sindicato agia com doçura amena, pois identificava a ‘vontade política’ do Governo em resolver as suas pautas reinvidicatórias e aceitava a impossibilidade real de cumpri-las, com tênues protestos engambelatórios, na falsa tentativa de aparentar independência.
Para o CPERS/Sindicato os demais governos não atendem suas pautas de reivindicações por falta de vontade política: Os governantes que não pertencem ao PT querem que os professores morram de fome, querem que os trabalhadores em educação não tenham o mínimo necessário para exercerem sua função.
Não gosto disso, acho uma falácia, mais um grande sofisma petista a torturar meu coração.
Mas o que não gosto mesmo, no CPERS/Sindicato, é que eles não admitem ser chamados de professores! Exatamente, minha senhora! O seu filho, na escola, não tem aula com professores e sim com Trabalhadores em Educação, nova designação que o sindicato dos professores usa para definir sua profissão!
Se a moda pega, os escritores devem abandonar a qualificação de escritores, exigindo serem chamados de Trabalhadores em Letras Literárias. Eletricistas serão Trabalhadores em Fiação e Voltagem. Cantores líricos serão Trabalhadores em Melodrama (estrito senso), ‘Melo’ é garganta e drama é drama, portanto Ópera.
Prostituas passarão a ser Trabalhadoras em Fornecimento de Sexo Remunerado e gigolôs serão conhecidos como Trabalhadores em Explorar Prostitutas.
Há aquele que deixarão de ser advogados e se transformarão em Trabalhadores em Encontrar as Leis que Favorecem os Seus clientes.
Trabalhadores em Educação, distinto público, é dose! Para o meu gosto, ressalto. Por favor, não se enerve.
Veja-se que a preposição “em”, logo após a palavra Trabalhadores, é um achado lingüístico, um preciosismo ortográfico a distinguir, nobremente, meros trabalhadores, comuns, no comercio, bancos e até mesmo, ó horror, trabalhadores donos de empresas, daqueles exponenciais trabalhadores em educação’.
Trabalhadores em Educação” possui tom erudito, um que se adquire ao afirmar que está estudando “a consciência política” em T.S.Eliott”, a “abrangência etno-mitológica em Wagner”, o “estilo epistolar em Rilke”, ou o “argumento pré-natal do ego no uso da palavra ‘joie’ em Jean-Luc Goddard”.
Por isso, ao chamar um membro do CPERS de ‘professor’, prepare-se para forte retaliação. Para a barulhenta entidade, professor que se preze não é professor, é trabalhador em educação!
Imagine a sala de aula: o aluno ergue o braço e pergunta:
- Dona trabalhadora em educação de geografia, não entendi onde ficam os limites do País!
- Dona trabalhadora em educação de educação física, não consigo fazer mais abdominais!
- Seu’ trabalhador em educação de matemática, o que é mesmo um logaritmo?
- Professora, posso ir ao banheiro?
- Ponha-se daqui para fora, seu mal-educado. Direto para a Secretária! Como ousa me chamar de professora? Não sabe que sou uma trabalhadora em educação?
Ou, na reunião de pais e mestres, o pai, preocupado:
- Senhora trabalhadora em educação, Diretora da Escola, como vamos resolver o problema da segurança na saída das aulas?
Não gosto dos eufemismo petistas, de suas linhas doutrinárias, de suas cartilhas ideológicas, de seus dogmas, de seu cinismo e de sua política de baixo nível e maquiavélica, diante da qual vale tudo para ganhar cargos, eleições e, na pior hipótese, ocupar espaços na mídia.
Petistas jamais admitirão que jogam segundo o preceito ‘o fim justifica os meios’ e valem-se de sofismas mis, a demonstrar que o óbvio não é que parece. Não que eu goste disso em outros partidos. Não gosto mesmo!
Não gosto do saco de gatos oportunista do PMDB, nem de seus eternos senadores e deputados, os mesmo que deram aparência institucional à Ditadura Militar.
Também não gosto da vaidade pavonesca, vazia, oca e inerte do PSDB, fundado para ser o lado ‘ético’ do PMDB (hahaha, desculpe, não pude conter o riso).
Mas os outros, pelo menos, fazem menos barulho a respeito das próprias (e falsas) virtudes. E quando são descobertas suas falcatruas, não estão desiludindo ninguém, porque há muito abandonaram a idéia de vender idoneidade ao interesse público, eleitores e cidadãos em geral.
O tema me conduz, inevitavelmente, ao Presidente Lula e à questão que não paro de me fazer: gosto ou não gosto dele? E, com toda sinceridade, acho que gosto mais do que desgosto.
Para início da discussão sobre Gosto, considero Lula uma espécie de gênio não lapidado da política. E ainda bem que é não lapidado. Um pouco mais de polimento e de cultura e estaríamos diante de um dos mais encantadores e tirânicos aspirantes à Ditador que o mundo já produziu.
Porém, assim como ele é, afirmando e negando, como se fossem banalidades, questões essenciais da política e da economia, em linguagem simples e repetitiva, usando e abusando de metáforas incongruentes e parábolas sem sentido, com encantador carisma, Lula galga, Lula sobe, Lula postula e Lula consegue.
Nunca antes, na história deste País, um Presidente da República visitou Israel. Dentre os inúmeros dogmas lulistas, de originalidade primitiva, este é totalmente verdadeiro.
E ele chega lá com a maior simplicidade, dá um discurso dizendo ser favorável ao Estado de Israel independente e ao Estado Palestino independente, como se, nunca antes neste Planeta, um Presidente de um País tivesse feito tal afirmação.
E comporta-se sem nenhum constrangimento, nem mesmo o de ter recebido o presidente do Irã que, pública e manifestamente nega a ocorrência do Holocausto nazista e prega a destruição definitiva de Israel. E de, com ele, ter estabelecido relações diplomáticas e convênios de mútua cooperação comercial.
Assim como não se constrange ao afirmar que os dissidentes do regime de Cuba são terroristas, ao apoiar ditaduras tão cruéis quanto anacrônicas dos irmãos Castro em Cuba, da Coréia do Norte e das pretensões dignas de filmes de pastelão, de títeres como Hugo Chaves e Evo Morales, além do cara aquele do Equador, cujo nome esqueci e não vou me dar ao trabalho de procurar no Google.
A diferença é que, nas comédias de pastelão, o efeito é a gargalhada. Nos governos desses indivíduos está o desrespeito aos direitos, aos direitos humanos, à democracia e à liberdade. Incluindo-se, no rol, o racismo quase explícito, manifestado pela discriminação de minorias e censura.
Lula, cujo pensamento político moldou-se na luta sindical, contra o capitalismo, o liberalismo, o neo-liberalismo e a globalização, entretanto e como se não fosse com ele, adota e implanta uma política econômica no País exatamente de acordo com tudo aquilo que, antes, era contra. Inclusive o FMI, cuja conta foi uma das primeiras que pagou e para quem, hoje, empresta (???)
Lula, que quando explodiu a crise do mensalão, veio à televisão dizer-se traído, afirmar ao Pais a sua total ignorância sobre o caso, demitiu seu ministro-chefe da casa civil, o plenipotenciário José Dirceu e exigiu mudanças radicais no comando de seu partido, o PT. E agora, ultrapassada a fase aguda da crise, admite que foi informado do esquema em reunião com Roberto Jefferson e várias testemunhas.
Lula, que, nos seus bons tempos sindicais, só faltou chamar José Sarney de demônio do mal e que, agora que o País sabe que, nisso Lula tinha razão, exige que seus aliados levem em consideração que “Sarney tem uma história a ser respeitada” e que o Senado não pode ignorar essa história.
Planando –no aerolula sobre todas e tamanhas contradições, Lula é o Presidente que tem o maior índice de aceitação na história deste País.
Por que? Porque ele é um bom Presidente, porque a economia vai bem, porque a miséria diminui, o desemprego diminui, o analfabetismo diminui e a Polícia Federal não dá sossego aos corruptos.
A Humanidade nos mostra que as pessoas são julgadas, não pelo que pensam, não pelo que querem, e sim pelo que fazem.
Lula faz, faz muito. Erra e acerta. Mas está sempre fazendo. Vocês podem não gostar da bolsa-família, por exemplo. Mas quem a recebe gosta, sente-se agradecido e adquire, ainda que de forma rudimentar, noção de inclusão, de pertencer, de cidadania.
Pode-se não gostar das tentativas de protagonizar de Lula, mas ele está protagonizando. Pode-se não gostar da ida de Lula a Israel, mas ele foi. Pode-se não gostar da ida de Lula aos territórios palestinos, mas ele foi. E pode-se não gostar do que parece ser um indício de megalomania, quando Lula se coloca à frente e à disposição para contribuir com o fim do conflito no Oriente Médio, mas ele se colocou.
É por essas e por outras, fiel ao meu Gosto e respeitando o seu, é que me posiciono, ‘duela a quien duela’: não voto em absolutamente ninguém do PT, nem mesmo para síndico do meu edifício, caso eu morasse num, nem mesmo para chefe da minha torcida organizada, caso eu tivesse uma, nem mesmo para presidente da Associação dos Amigos da Bocha, caso eu jogasse bocha.
Não há hipótese! Questão de Gosto, discutível portanto, sem ofensa e sem bofetada.
Mas, provavelmente, com toda a força da minha consciência, votaria no Lula, em outro futuro. Quem já votou, sabe o voto que jogou fora!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A pouca vergonha do BBB

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo.
Homens e mulheres fúteis e vazios... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra o lugar comum das criaturas sem sentido e das escolhas sexuais de cada indivíduo, cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE: é sacanagem e babaquice ao vivo!
Vejam como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se está sendo divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, no início eram 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay hilário, a dentista gostosa, o negro (leia-se afro descendente) com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a nordestina sorridente, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a policial que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, professores da rede pública (aliás, todos os professores), profissionais da saúde, carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar da nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo (leia-se mízero), pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani, da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um artigo de Jabor, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa. Ir ao cinema, teatro, estudar, ouvir boa música, cuidar das flores e jardins, telefonar para um amigo ou parente, visitar os avós, dar carinho para os pais, pescar, brincar com as crianças, namorar ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A grande sacada

Dia desses entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$ 1,99. Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens que variam de 3 g a 10 g. Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto. Será que uma especiaria vale tudo isso? Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente" desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a percepção real do valor que está pagando pelos produtos.
Acho que todos os fabricantes e comerciantes deveriam ser obrigados por lei (mais uma?) a estamparem em locais visíveis, os valores em kg, em metro, em litro e etc. de todas e quaisquer mercadorias com embalagens inferiores aos seus padrões de referências.
Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes em seus produtos. Vejam o absurdo: você sabe o que custa quase 13.575,00 o litro? RESPOSTA: Tinta de Impressora. Você já tinha feito o cálculo? Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos, e ninguém reclama mais.
Há pouco tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade das novas impressoras. Aí, veio a "Grande Sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora. Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos. Veja este exemplo: uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130,00. Daí, você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido). Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica.
Os fabricantes fingem que nem é com eles, dizem que é caro por ser "tecnologia de ponta". Para piorar, de uns tempos para cá passaram a diminuir a quantidade de tinta (mantendo o preço). Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro. Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29. Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00. Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida. Com este valor, podemos comprar, aproximadamente: 300 gr de ouro, 3 TVs de Plasma de 42', 1 Uno Mille 2003, 45 impressoras que utilizam este cartucho, 4 notebooks, 8 Micros Intel com 256 MB, ou seja, um assalto!!! Viva o Brasil!!!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Brasil, país de tolos!

A respeito da piada de Robin Williams sobre o Rio de Janeiro e sua escolha como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, no programa do David Letterman, merece muita reflexão, afinal foi uma piada séria. Reflitam comigo:
Uns anos atrás, os Simpsons vieram pro Brasil e o Homer foi sequestrado. O Bart ficou excitado com a loira de short enfiado na bunda que apresentava um programa infantil na TV. O menino pobre que a Lisa ajudou não tinha o que comer, mas estava muito feliz desfilando no Carnaval. Esses dias, Robin Williams falou o seguinte: "Claro que o Rio ganhou de Chicago a sede das Olimpíadas. Chicago levou Michele e Oprah e o Rio levou 50 strippers e 500g de cocaína".
Eu ri! Advogados, autoridades e populares se revoltaram nos dois casos. Eles não se revoltam, não se mobilizam, não processam, não abrem inquéritos, não fazem passeatas quanto ao seqüestro. Pouco importa a loira apresentadora de programa infantil, a idiotice do carnaval, o tráfico de drogas e a prostituição que acontecem na vida real bem debaixo do nosso nariz. Eles se revoltam só quando usam isso pra fazer piada. A piada realmente boa sempre ofende alguns e mata de rir outros por um motivo simples: a boa piada sempre fala de uma verdade.
Num país onde aprendemos a mentir, enganar, roubar, tirar vantagem desde cedo, a verdade não diverte: assusta. O cara engraçado pro brasileiro é sempre aquele que fala bordões manjados, dá cambalhatas no chão em altas trapalhadas, conta piadas velhas, imita o Silvio Santos e outras personalidades ou faz um trocadilho bobo mostrando ser um ignorante acerca dos assuntos. Esses bobos passivos nos deliciam porque não incomodam ninguém! Um cara que faz um gracejo com uma verdade inconveniente pro brasileiro é como o alho pro vampiro - merece ser execrado.
O brasileiro é uma gorda de 300 quilos que odeia ouvir que é gorda. Ela faz um regime pra parar de ouvir isso? Não! Regime e exercício dão muito trabalho. É mais fácil ir ao shopping, comprar roupa de gente magra, vestir e depois acomodar a bunda na cadeira do McDonalds. O problema é que nem todo mundo é obrigado a engolir que aquela fábrica de manteiga é Barbie, só porque está com a roupa da Gisele Bundchen. Então é inevitável que mais hora, menos hora, alguém da multidão grite: "Volta pro circo!" ou "Minha nossa! É o StayPuff com o maiô da Dayane dos Santos?". Então a gorda chora. Revolta-se. Faz manha. Ameaça. Processa. Porque, embora ela tenha tentado se vestir como uma magra, no fundo, a piada a fez lembrar que ela é mais gorda que a conta bancária do Bill Gates. A auto-estima dela tem a profundidade de um pires cheio de água.
Ao invés de dizer que "Robin Williams tem dor de corno", prefeito do Rio, vá cuidar primeiro da sua dor de mulher de malandro. Sabe? Mulher de malandro, sim, aquela que apanha, apanha, apanha mas, engole os dentes e o choro porque acha que engana a vizinha dizendo: "Eu tenho o melhor marido do mundo".
Advogados. Vocês já são alvo de piadas por outros motivos. Já que se incomodam com piadas, evitem ser alvo de mais algumas delas, não processando Robin Williams. Em vez de processo, envie pra ele uma carta de gratidão. Pense que ele estava num dos melhores programas de TV do mundo e só falou de puta e cocaína. Ele poderia ter falado por exemplo, que o turista que vier pra Olimpíadas se não for roubado pelo taxista, o será no calçadão. Poderia também ter dito que o governo e a polícia brasileira lucram com aquela cocaína do morro carioca que ele usou na piada. E se ele resolvesse falar algo como: "As crianças do Brasil não assistirão às Olimpíadas porque estarão ocupadas demais se prostituindo".
Ah... E se ele resolvesse lançar mais uma piada do tipo: Brasileiro é tão estúpido, que se preocupa com o que um comediante diz, mas não se preocupa com o que o político em quem ele vota faz...? Enfim... são muitas piadas que poderiam ter sido feitas. Quem é imbecil e se incomoda com piada, não seja injusto e agradeça ao Robin Williams porque ele só fez aquela.
E depois brasileiro insiste em fazer piada dizendo que o português é que é burro. Não esmoreça e nem desista. Trabalhe duro! Afinal, milhões de pessoas que vivem do Bolsa Família, sem trabalhar, dependem de você!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para entender - DE FATO - o Socialismo

O que é? Em que consiste? O que significa? Quais são os seus princípios básicos? Tenho aqui alguns argumentos explicados de forma simples, para que se entenda porque, em todo o mundo o tal sistema não deu certo.
Esta é uma analogia simples, com uma explicação escolar, na qual não iremos rever as complicadas raízes do Socialismo. Não citaremos Karl Marx, Lenin e muito menos trataremos as intrincadas doutrinas emanadas do Kremlin. Nada disso. Aqui somente nos situaremos em uma universidade imaginária e narraremos o ocorrido no interior de uma de suas salas de aula.
Imagine que você é um aluno nesta sala de aula e tome acento. Aqui está a sua turma. Na citada sala, surgiu uma acalorada discussão entre o professor de Economia e seus alunos. Os alunos defendiam que o Socialismo era bom, funcionava bem e que era a melhor forma de governo, pois nele não existiam as terríveis diferenças das classes sociais, não havia noções de pobreza nem riqueza, já que todos eram iguais. “A produção, se gerasse riqueza, seria repartida eqüitativamente entre todos para o benefício comum” argüiam. O professor que escutava com atenção, resolveu então fazer uma experiência com todos os alunos e, propôs este plano:
- Muito bem - de agora em adiante faremos uma experiência: as notas obtidas por cada um de vocês em suas provas, serão somadas e repartidas entre todos os alunos. Assim, cada um obterá o benefício “do estudo e do esforço comum”.
Ainda que a maioria dos estudantes não entendessem muito bem o novo plano, aqueles que estavam mais atrasados em seus estudos e, que eram em maior número na classe, aceitaram de imediato.
Ao terminar a correção de todas as provas, viu-se que as notas apuradas e divididas somaram a média de 7.8 para todos. Como é natural, os estudantes que NÃO tinham se preparado bem para a prova, ficaram felizes e satisfeitos, enquanto os que haviam estudado bastante ficaram inconformados. Era de se esperar!
Quando realizaram a segunda prova, os estudantes que pouco estudaram, o fizeram menos ainda; os que haviam estudado muito, decidiram não se empenhar tanto, já que não iriam conseguir obter uma nota dez. Por que dormir pouco estudando, se de quaisquer modos não levariam em conta seus esforços? A média da segunda prova dividida para todos foi de 6.5! Sem se darem conta, estavam estabelecendo os princípios básicos do Comunismo.
Mas quando terminaram a terceira prova, foi à gota d’água: a média foi de 4.0 e todos ficariam reprovados. E iniciaram uma pequena revolução, claro. Os estudantes começaram a brigar entre si culpando uns aos outros pelos fracassos obtidos, até chegarem aos ressentimentos e os insultos, inclusive aos golpes, já que nenhum estava disposto a estudar para que se beneficiassem os outros que não estudavam. E ocorreu o que já se esperava: As notas não melhoraram no último bimestre e obviamente todos ficaram de recuperação na matéria de Economia.
O professor perguntou então se todos compreendiam agora o significado do Socialismo, no qual tudo é de todos e, ao mesmo tempo de ninguém em particular. Assim é! As notas que foram obtidas pertenciam a toda classe e não a cada aluno individualmente. A lição da aula terminou.
A explicação é que o ser humano está disposto a sacrificar-se trabalhando duro quando a recompensa é atraente e justifica o esforço próprio; mas quando o governo suprime esse incentivo e tira do PRODUTIVO para dar ao PASSIVO, ninguém vai fazer o sacrifício necessário para conseguir a excelência. Para que?
1- Não se pode criar prosperidade desalentando a iniciativa própria;
2- Não se pode fortalecer os fracos debilitando os fortes;
3- Não se pode ajudar os pequenos esmagando os grandes;
4- Não se pode melhorar o pobre destruindo o rico;
5- Não se pode elevar o assalariado, oprimindo a quem paga os salários;
6- Não se pode resolver problemas, enquanto se gasta mais do que se ganha;
7- Não se pode promover a fraternidade e o progresso da humanidade promovendo e incitando o ódio de classes;
8- Não se pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado;
9- Não se pode formar o caráter e o valor do homem, lhe tirando sua independência, sua liberdade e sua iniciativa;
10- Não se pode ajudar aos homens realizando por eles, permanentemente, o que eles podem e deve fazer por si mesmos.
Nem sempre “a voz do povo é a voz de Deuz”. A maioria não têm que ter a razão SEMPRE só por ser maioria. Ás vezes têm superioridade numérica. Nada mais.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Lula antes de assumir a Presidência

Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE:
(Basta ler o texto acima, DE BAIXO PARA CIMA)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Roteiro para o autoritarismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou em dezembro último, um roteiro para a implantação de um regime autoritário, com redução do papel do Congresso, desqualificação do Poder Judiciário, anulação do direito de propriedade, controle governamental dos meios de comunicação e sujeição da pesquisa científica e tecnológica a critérios e limites ideológicos. Tudo isso está embutido no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), instituído pelo Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro - o tal decreto que, acredite quem quiser, o presidente disse que assinou sem ler.
O programa, um calhamaço de 92 páginas, é um assustador arremedo de constituição. Recobre assuntos tão variados quanto a educação, os serviços de saúde, a justiça, as condições de acesso e de preservação da propriedade, as decisões de plantio dos agricultores, a atividade legislativa, as funções da imprensa e o sentido do desenvolvimento.
A apuração das violências cometidas pelos agentes do regime militar e a revogação da Lei da Anistia são apenas uma parte desse programa - a mais divulgada, até agora, por causa da reação dos comandantes militares à redação inicial do decreto. Mas o maior perigo não está nos detalhes, e sim no objetivo geral dessa manobra articulada no Palácio do Planalto: a consolidação de um populismo autoritário sustentado na relação direta entre o chefe do poder e as massas articuladas em sindicatos, comitês e outras organizações "populares".
Tal como seu colega Hugo Chávez, o presidente Lula propõe a valorização de instrumentos como "lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e plebiscito". É parte do populismo autoritário a conversão de formas excepcionais de consulta em meios normais de legislação. Usurpa-se o poder de legislar sem ter de recorrer a um golpe aberto. Da mesma forma, a multiplicação de "conselhos de direitos humanos", com ação coordenada "nas três esferas da Federação", reproduz a velha ideia de comitês populares tão cara às ditaduras.
Consumada a mudança, um juiz não mais poderá simplesmente determinar a reintegração de posse de um imóvel invadido. O governo propõe "institucionalizar a utilização da mediação como ato inicial das demandas de conflitos agrários e urbanos, priorizando a realização de audiência coletiva com os envolvidos, com a presença do Ministério Público, do poder público local, órgãos públicos especializados e Polícia Militar". Em outras palavras: esqueça-se a Constituição, negue-se ao juiz o poder de garantir a propriedade e converta-se o invasor em detentor de direitos sobre o imóvel invadido.
Combater essa aberração não interessa apenas a fazendeiros e proprietários. A questão essencial não é o conflito entre ruralistas e defensores da reforma agrária a qualquer custo, mas a depreciação da lei e do Judiciário tal como deve operar no Estado de Direito. Nada ficará fora do controle do assembleísmo. É parte do programa "fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que geram impacto no meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais, tais como eucalipto, cana-de-açúcar, soja", etc.
A criançada ficará sujeita, nas escolas, a uma instrução sobre direitos humanos moldada segundo os interesses do regime e apresentada muito claramente no decreto. O controle sobre as mentes não poderá dispensar o comando dos meios de comunicação. Se as leis propostas forem aprovadas, o governo poderá suspender programações e cassar licenças de rádios e de televisões, quando houver "violações" de direitos humanos. Será criado um ranking nacional de veículos de comunicação, baseado em seu "comprometimento" com os direitos humanos. O governo também deverá incentivar a produção de filmes, vídeos, áudios e similares voltados para a educação sobre direitos humanos e para a reconstrução "da história recente do autoritarismo no Brasil". Será um autoritarismo cuidando da história de outro.
As intenções políticas são claras, embora escritas numa linguagem abstrusa. Em todo o texto há expressões do tipo "fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática". Essa patacoada deverá servir de bandeira na campanha da candidata petista à Presidência. Em 2002, esse era o programa do PT. Para se eleger, o candidato Lula teve de renegá-lo em sua "Carta aos brasileiros". Mas não renegou, como se vê mais uma vez, o sonho de "mudar tudo isso que está aí".